Centro
do maior império que já existiu na Terra, Londres
é a expressão máxima do peculiar espírito
inglês. Cidade de status global, é importante
há quase dois milênios, por sua participação
na política, nas finanças, no entretenimento
e nas artes.
Exilado
em Londres em 1726, Voltaire fascinou-se pela grande capital.
O tumulto das ruas apinhadas do povo, a cacofonia das vozes
e das charretes e carroções com suas rodas gemidas,
soou-lhe como a sinfonia do progresso. O curioso foi a quem
ele atribuiu a razão daquela prosperidade nunca vista.
A multidão toda, assegurou, trabalhava para satisfazer
o capricho dos mundanos, dos bon vivants, que graças
às suas extravagâncias de ricos, seu gosto pelo
luxo, faziam as coisas funcionar, dando emprego a milhares
de laboriosos operários.
Londres
foi fundada pelos romanos há mais de dois mil anos.
A cidade tornou-se a capital da Inglaterra em 1066, após
a invasão dos normandos vindos do norte da França,
liderados por Guilherme, o conquistador.
William I, the Conqueror
Diariamente
cheia de taxis, ônibus e muita gente nas ruas, especialmente
durante o verão europeu, as principais marcas do mundo
estão na capital britânica, shows e espetáculos
extremamente variados, diversos museus de altíssimo
nível, palácios e a pomposa realeza britânica.
Queen Elizabeth
II
Londres
é um dos três principais centros financeiros
do mundo, cabendo-lhe a maior parcela da negociação
em numerosos mercados financeiros internacionais. O status
de Londres como centro financeiro internacional é sustentado
por uma variedade de fatores, especialmente sua cultura de
negociação, sua base de especializações,
a qualidade de seus serviços profissionais e auxiliares,
o idioma universal, o fuso horário e um ambiente onde
existe proporcionalidade nas regulamentações.
Tanto em termos da negociação de ouro a vista
quanto de empréstimos em ouro, Londres é o mercado
de maior liquidez do mundo, sendo também o centro global
de compensação para as negociações
internacionais de ouro. Os preços mundiais do ouro
e da prata são determinados diarimente em Londres,
por intermédio dos membros da London Bullion Market
Association (Associação do Mercado de Metais
Preciosos de Londres).
City of London
Desde
julho de 2000, o governo estratégico de Londres é
de responsabilidade da Autoridade da Grande Londres (GreaterLondonAuthority).
Os mais
tradicionais centros turísticos :
Buckingham
Palace, palácio da família real. É possível
entrar para visitação.
Buckingham Palace
É
justamente ali em frente ao Palácio que todos os dias
centenas de turistas se aglomeram às 11h e 30min. da
manhã para assistirem à troca da guarda. A pomposa
cerimônia dura cerca de 40 min, com participação
da banda escocesa.
Troca da Guarda
A torre
do relógio e o Big Ben(não é o nome do
relógio, e sim do maior sino (com 15,3 ton.) da Clock
Tower (Torre do Relógio)) fazem parte da Houses of
Parliament, o prédio do parlamento inglês, onde
o primeiro ministro da Inglaterra e os demais parlamentares
atuam. A arquitetura em estilo medieval, com traços
góticos e renascentistas, data do século XIX.
Visto de dia ou de noite, na beira do Rio Tâmisa, esse
prédio retrata a sofisticação e o poder
britânico.
Houses of Parliament
Bridge
Tower é outra marca da cidade. Foi construída
no século XIX; esta grande ponte sobre o rio Tâmisa(Thames)
é muito interessante, pelo seu formato e porque é
sustentada por duas torres.
Bridge Tower
Forma
também um belíssimo pórtico da cidade
em estilo vitoriano. Bem pertinho está a Tower of London,
que já completa quase um milênio.
Tower of London
Esta torre,
carregada de história, já serviu de fortaleza,
castelo e presídio. Um pouco mais adiante, chega-se
na St. Paul’s Cathedral, que tem a segunda maior abadia
do mundo, perdendo apenas para a Basílica de São
Pedro no Vaticano.
St Paul's Cathedral
A igreja
foi construída inicialmente em 1604, passou por incêndios
e reformas, terminando sua versão final em 1710, em
estilo barroco. Foi palco de momentos marcantes da história
britânica, como o funeral de Winston Churchill, em 1965,
e o casamento do príncipe Charles com a princesa Diana,
em 1981.
Abadia de Westminster
A Abadia
de Westminster teve ao longo dos séculos um papel relevante
na história da Inglaterra e do Reino Unido, como palco
de coroações e casamentos reais. Muitos monarcas
britânicos e membros da família real estão
sepultados na Abadia. Lá esta enterrado o corpo do
famoso físico inglês Isaac Newton.
Londres
tem dezenas de museus, dentre os quais alguns são gratuitos.
Os principais : National Gallery, com exposições
de arte; o British Museum, de antiguidades; o Museum of London,
com a história da cidade; e, claro, o Madame Tussaud’s,
com as personalidades mundiais esculpidas em cêra.
British Museum
Picadilly
Circus, da esquina repleta de propagandas em neon (e um dos
pontos de mídia mais caros do planeta), chega-se na
Oxford Street, a rua das compras, onde estão as melhores
lojas. Londres é uma das 5 cidades mais caras do mundo.
Picadilly Circus
Próximo
da Oxford St., está o Hyde Park. No verão é
comum as pessoas irem aos parques para aproveitar o sol, como
no resto da Europa.
Hyde Park
Os ingleses
são os pais da Revolução Cultural. Desde
o surgimento dos grupos de rock, Beatles e os Rolling Stones
nos anos 60 ao surgimento do movimento punk no anos 70, a
Inglaterra é o país do rock and roll. A maioria
dos pubs ingleses, com suas pints, grandes jarras de cerveja,
fecham as 23:00h, mas se houver música ao vivo, eles
conseguem uma licença para fechar mais tarde.
Pub in London
Já
nos anos 90, os ingleses foram os mestres da música
eletrônica. Tocava-se Baby Ford, A Guy
Called Gerald e o hino We Call It Aciiieeed,
do D-Mob. Ali surgiram as Raves. As festas psicodélicas
rolavam ao ar livre nos subúrbios de Londres, distantes
da polícia e das rígidas leis britânicas,
depois se estenderam para estações de metro
desativadas ou casas e galpões abandonados. Hoje em
dia, o universo escuro e privado dos nightclubs começa
a aflorar por volta da meia-noite e embora grande parte desses
clubs só tenha licença para vender álcool
até as 2h da manhã, muitos continuam abertos
até o amanhecer e alguns vão after party.
Biggest rave in
London Wembley Arena
A expressão
Tecno-Xamanismo foi cunhada no final da década de 80,
pelo inglês Fraser Clark, dono do club londrino Megatripolis.
O termo ajudou a formar opiniões sobre a ligação
da cultura eletrônica neo-hippie com os rituais sagrados
do tribalismo. Nas solenidades xamânicas, ritmos fortes
e rápidos e ervas psicodélicas naturais provocavam
os efeitos de transe necessários para alinhar corpo,
mente e alma e conseguir uma suposta comunicação
dos índios com os seus deuses. Nos tempos modernos,
acrescidas do prefixo tecno, as batidas do xamanismo se tornaram
eletrônicas e as drogas, em grande parte, sintéticas.
Como ideologia, os ravers adotaram a defesa dogmática
do PLUR (peace, love, unity and respect - paz, amor, unidade
e respeito). Uma curiosidade da capital inglesa é que
a criminalidade é baixa. Londres é uma cidade
segura para se viver.
De tempos
em tempos, a imprensa especializada gasta espaços consideráveis
proclamando a morte-disso-e-o-surgimento-daquilo. Recentemente
a principal revista de clubes do Reino Unido, a Mixmag, sofreu
uma queda de 30% nas vendas; e o precursor dos superclubes,
o Ministry of Sound, teve que passar por uma recauchutagem
de um milhão de libras esterlinas (quase R$ 5 milhões)
depois de 12 anos de existência, para acompanhar a mudança
dos tempos.
Ministry of Sound
"Precisamos
atender a um mercado que já existe há 15 anos
juntamente com outro ainda bem jovem", explica Kelly
Hughes, assessora do Ministry of Sound, ou MoS. Segundo ela
: "Continuamos oferecendo as coisas essenciais que tornaram
o clube famoso, como um grande salão com o fantástico
sistema de som, três ambientes com diferentes gêneros
de house music, mas também recriamos o andar de cima,
aumentamos a sala VIP, agora temos um amplo mezzanino, servimos
coquetéis, temos garçonetes à disposição
e os clubbers podem fazer reserva de mesas por telefone",
conta. Enquanto isso, clubes/bares que adotaram um novo formato
para os novos tempos, fazem barulho na noite londrina: Cherry
Jam, Neibourhood e o Chibuku Shake Shake.
O meio
mais rápido e barato de locomoção em
Londres é o metro (tube). Por alguns dólares
por dia, é possível viajar para qualquer lugar
de Londres sem pegar trânsito. Existem também
passes de 1, 3, 5 ou 7 dias de uso ilimitado. Além
dos cabs(taxis) tradicionais.
Com a
industrialização em marcha, a população
de Londres cresceu rapidamente através do século
XIX e começos do século XX, e chegou a ser a
cidade mais povoada no mundo até ser ultrapassada por
Nova York em 1925.
Com uma
superfície total de 1.579 kilometros quadrados e com
33 distritos (incluindo a City), a Londres atual, ou Grande
Londres, conta com 7.517.700 habitantes (2005). Se estima
que em sua área metropolitana vivem de 10 a 14 milhões
de pessoas.
Moderna
e tradicional, a capital inglesa é impregnada de história
e repleta de energia.