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Michelangelo Antonioni -
Recentemente
foi anunciada a morte de Ingmar Bergman e depois a de Michelangelo
Antonioni. Vão-se, praticamente juntos, dois dos últimos
mestres de uma fase áurea do cinema. Antonioni tinha
94 anos, estava doente havia muito tempo e morreu em sua casa,
em Ferrara. Não falava desde quando sofreu um acidente
vascular cerebral em 1985. Já nessas condições
visitou o Brasil, em 1994. Esteve em São Paulo e daqui
seguiu para o Festival de Gramado, onde foi homenageado. Foi
personagem principal de uma noite inesquecível, a projeção,
no Palácio dos Festivais, de uma de suas obras-primas,
A Noite.
A Aventura
(1959), A Noite (1960), O Eclipse (1961), formavam a chamada
''trilogia da incomunicabilidade'' e fizeram a fama de Antonioni
na virada dos anos 50 para os 60. O curioso é que o
rótulo de ''cineasta da incomunicabilidade'', bem acolhido
durante algum tempo, depois passou a enfastiá-lo. Dizia,
com razão, que tudo o que procurava com seus filmes
era justamente se comunicar com o público. Mesmo que
essa comunicação falasse exatamente dessa impossibilidade
de um encontro completo e pleno entre as pessoas.
Antonioni,
assim como seus amigos Fellini e Visconti, veio da escola
neo-realista, a mais fértil do cinema italiano dos
anos 40-50. Mas, em seguida desenvolveu estilo e preocupações
temáticas próprias. Assim como Bergman, tinha
interesse pelas situação do homem em sociedade
e, sobretudo, as complicadas relações do casal
moderno. Também como o mestre sueco, Antonioni tentou
compreender a alma feminina, mesmo sabendo que tal tarefa
é sempre destinada ao fracasso, como aliás já
sabia o próprio Freud.
Muitos
outros são seus filmes importantes, como o angustiado
Deserto Vermelho, com Mônica Vitti, ou o formidável
Passageiro: Profissão Repórter, que filmou com
Jack Nicholson no papel principal. E que papel! Nicholson
nunca fez nada melhor do que esse personagem que troca de
identidade com outro e leva a farsa dessa segunda pele até
as últimas conseqüências.
Outros
pontos altos de Antonioni são Blow Up - Depois Daquele
Beijo (1966), livre adaptação do conto de Julio
Cortázar, Las Babas Del Diablo, e Zabriskie Point (1969),
com seu final apocalíptico. Faria ainda as primeiras
experimentações com vídeo em O Mistério
de Oberwald (1980), voltando ao seu universo preferencial
com Identificação de Uma Mulher (1982). Depois
do longo silêncio causado pela doença, retorna
à direção, mas desta vez a quatro mãos,
com Wim Wenders, com Além das Nuvens, a adaptação
de um texto próprio, Bowling Sul Tevere. Já
bastante doente, em cadeira de rodas, comparece ao Festival
de Veneza de 2005 para acompanhar a projeção
e o debate de Eros, no qual assina o episódio O Fio
Perigoso das Coisas.
É
o último que se vai do grande grupo de diretores que
fizeram a Itália ter, entre os anos 60 e 70, o melhor
cinema do mundo.
Um
gênio e a tensa dissolução do indivíduo
O crítico
Lino Micciché considerava que, da ''''santíssima
trindade'''' italiana - Antonioni, Fellini e Visconti - apenas
o primeiro conseguiu manter uma total coerência com
sua obra. Para Micciché, depois de Rocco e Seus Irmãos,
Visconti mostra um ofuscamento da sua inicial tensão
ideológica. Fellini, depois da obra-prima 81/2 teria
experimentado uma luxuosa queda com Julieta dos Espíritos.
Antonioni se mantém em nível constante ao longo
de todo o decênio de 1970, enquanto seus colegas, tão
geniais como ele, oscilavam.
Uma explicação
foi dada pelo escritor Alberto Moravia: ''Antonioni se parece
a certos pássaros solitários que têm apenas
um verso para cantar e o ensaiam dia e noite. Através
de todos os seus filmes, Antonioni soletrou este verso e apenas
este.'' E qual seria o ''''verso'''' de Antonioni? A aridez
das relações, a brutalidade da vida moderna,
a mediocridade do destino humano. Foi retrabalhando essa questão,
filme após filme.
Mas dizer
que fala sempre da mesma coisa é grave erro, lembra
o mesmo Micciché. Antonioni instala-se num núcleo
temático definido, mas o expande à medida que
seu trabalho se desenvolve e sofistica. As origens o explicam,
em certa medida.
Antonioni,
como Visconti e Fellini, veio do mais fértil movimento
cinematográfico italiano, o neo-realismo, vertente
que valorizava o realismo, propunha produções
rodadas em locações verdadeiras e não
em estúdios, e muitas vezes utilizava atores não-profissionais
no elenco. Não por acaso, seus primeiros filmes foram
documentários, um conjunto deles como Gente do Pó
(1943), N.U. (1948), Superstição (1949), Sette
Canne, un Vestito (1949), L'Amorosa Mensogna (1949), La Villa
dei Mostri (1950), La Funivia del Faloria 1950), entre outros.
Uma imersão no real, mas, segundo seus críticos,
já com atenção ligada na subjetividade
dos personagens e o interesse psicológico pelos personagens
burgueses - estes mesmos que irão povoar seus filmes
mais conhecidos.
Esses
elementos entrariam na composição dos seus trabalhos
ficcionais, mesmo nos primeiros, como Crimes d'Alma (1950)
e Os Vencidos (1952). Também não por acaso,
o episódio que escolhe no filme coletivo Amores na
Cidade é sobre o suicídio. O que começa
a lhe interessar, naquela fase já pós-neo-realista
é esse mal-estar que se instala na sociedade européia
do após-guerra. A questão neo-realista era:
o que fazer para reconstruir uma sociedade devastada pela
guerra, e como fazê-lo para que não se repitam
os erros que a haviam levado à destruição.
A questão posterior - pelo menos aquela assumida por
Antonioni - é de ordem diferente: como se instalar
numa sociedade já reconstruída, mas de maneira
completamente hostil para os indivíduos? É o
que vem discutido em As Amigas (1955), no ambiente da moda,
e também em O Grito (1957), filme de título
emblemático e ambientado no universo operário.
Nesses
filmes já temos uma diferenciação de
estilo de Antonioni. Optou pelo tom um tanto seco, pelo rigor
formal dos quadros, por um sentido especial da duração.
As cenas sempre parecem ter o tempo devido, nem mais nem menos.
Justo o tempo e a intensidade necessários para transmitir
aquela emoção particular, que é sentimento
de se viver numa sociedade pós-industrial na qual os
seres são, para usar a terminologia correta, coisificados
até o limite. Esse desespero contido, mas que se rompe
quando a corda fica tensa demais - no suicídio, em
As Amigas, no desespero em O Grito, diálogo com a tela
homônima de Munch, obras de mesma inspiração.
Em sua
trilogia de A Aventura, A Noite, e O Eclipse, Antonioni vai
cercar seus temas obsessivos não mais no mundo operário,
junto aos trabalhadores, mas na burguesia italiana, ela própria
atingida pelo ''''mal do século''''. O tédio,
presente no extravio da mulher em A Aventura, nos descaminhos
dos casais em A Noite e O Eclipse. Não há como
viver neste mundo das relações desencantadas,
o mundo das coisas da sociedade européia, agora afluente
porém sem alma. É a leitura que dela faz Antonioni.
Quais
as saídas, ou sintomas, do tédio vital da sociedade
da abundância? Antonioni vai procurá-los na Swinging
London dos anos 60, reciclando um conto de Cortázar
e fechando-o em umestudo sobre o olhar e a cegueira contemporânea
- e Blow Up passa a ser um desses filmes que marcam a época.
Em Passageiro: Profissão Repórter, a própria
noção de identidade pessoal é colocada
em dúvida.
Podemos
entender o comentário de Moravia. Antonioni circulou
em torno de temas afins por toda a vida. E, fazendo-o, ninguém
como ele flagrou essa contemporânea contradição
- num tempo que faz, como nunca, a apologia do individualismo,
é o próprio indivíduo que desaparece.

Filmografia
Gente
del Po (A gente do Pó, 1943)
Nettezza urbana (Limpeza urbana, 1948)
Oltre L'oblio (1948)
Roma-Montevideo (1948)
L'Amorosa menzogna (1949)
Sette cani e un vestito (1949)
Bomarzo (1949)
Ragazze in bianco (1949)
Superstizione (1949)
La villa dei mostri (The House of Monsters, 1950)
Cronaca di un amore (Crimes da alma, 1950)
La Funivia del Faloria (1950)
I vinti (The Vanquished, 1952)
La signora senza camelie (Camille Without Camellias, 1953)
Tentato Suicido (Tentativa de Suícidio) - episódio
de Amore in Citta (O amor que se paga, 1953)
Le amiche (As amigas, 1955)
Il grido (O grito, 1957)
L'avventura (A aventura, 1960)
La notte (A noite, 1961)
L'eclisse (O eclipse, 1962)
Il deserto rosso (The Red Desert, 1964)
Prefazione - episode in I tre volti (The Three Faces of a
Woman, 1965)
Blowup (Depois daquele beijo, 1966)
Zabriskie Point (1969)
Chung Kuo (1972)
Professione: reporter (The Passenger, 1975)
Il Mistero di Oberwald (The Mystery of Oberwald, 1980)
Identificazione di una donna (Identification of a Woman, 1982)
Volcanoes and Carnival (1992)
Al di là delle nuvole,, distribuído nos EUA
como Beyond the Clouds, em francês (produção)
Par Dela Les Nuages, 1995) (Além das Nuvens) (co-dirigido
por Wim Wenders)
Eros (2004) -- episódio de Il filo pericoloso delle
cose (The Dangerous Thread of Things)
Lo sguardo di Michelangelo (2004)

Repercussão
''''Antonioni
foi um dos mestres da Nouvelle Vague francesa e um poeta de
elegância estilística, do rigor e da pureza.
Sua obra está marcada pela dificuldade das relações
entre os seres humanos, os indivíduos e o mundo''''
NICOLAS
SARKOZY - PRESIDENTE FRANCÊS
''''Herdeiro
dos gigantes do cinema italiano, formado no teatro, mas também
pintor e artista plástico, Antonioni dedicou seu compromisso
cinematográfico a uma investigação sobre
a complexidade e a fragilidade das relações''''
CHRISTINE
ALBANEL - MINISTRA DA CULTURA FRANCESA
''''Um
alquimista do íntimo e o maior aquarelista do coração
que o cinema moderno já conheceu''''
GILLES
JACOB - PRESIDENTE DO FESTIVAL DE CINEMA DE CANNES
''''Antonioni
e Bergman alcançaram a plenitude em suas vidas e em
suas obras''''
THÉO
ANGELOPOULOS - CINEASTA GREGO
''''Desaparece
não só um dos maiores diretores de cinema, mas
o mestre da modernidade''''
WALTER
VELTRONI - PREFEITO DE ROMA
''''Antonioni
e Bergman eram os intérpretes dessa angústia
que afeta o mundo contemporâneo, dos sentimentos do
mundo no pós-guerra''''
ALDO
TASSONE - CRÍTICO ITALIANO
''''Era
um diretor estupendo. Os dois filmes que fiz com ele foram
maravilhosos (Crimes d''''Alma e A Dama Sem Camélias)
''''
LUCIA
BOSÉ - ATRIZ ITALIANA
''''O
cinema perdeu um de seus maiores protagonistas e um dos maiores
exploradores da expressão no século 20''''
GIORGIO
NAPOLITANO - PRESIDENTE ITALIANO

Frases
"Um
filme se basta em si mesmo e responde narrando-se, por meio
do personagem do homem definido em sua psicologia, ou neurose,
ou loucura"
"A
fotogenia não tem regras. Normalmente quem tem testa
espaçosa, olhos separados, nariz pequeno e maxilar
não protuberante sai bem"
"O
que me interessa é a irracionalidade. Acho que a razão
sozinha não consegue explicar a realidade. Assim como
não consegue explicar a clausura"
"Sou
obcecado por rostos. Quando estou sozinho no escuro, basta-me
fechar os olhos para enxergar rostos"
"Creio
que o personagem de meus filmes do qual estou mais próximo
é o jornalista de Profissão: Repórter"
"A
maior parte do público, pouco sensível ao que
é realidade em toda a sua verdade, prefere uma visão
artificial do mundo"
"Sou
um homem cheio de dúvidas, até mesmo no meu
trabalho"

Principais
Obras
AS
AMIGAS (1955)

Baseado
num texto de Cesare Pavese, Antonioni coloca sua câmera
no mundo da moda de uma cidade industrial como Turim. No interior
desse microcosmo, surge um tema inesperado, o suicídio,
que era, como se sabe, uma questão crucial para o próprio
Pavese. Na vida das amigas que se dedicam à moda, todas
conseguem resolver-se, de maneira melhor ou pior. Menos uma,
Rosetta (Madeleine Fischer), a mais sensível, talvez
a melhor de todas, e que, por isso mesmo, não encontra
lugar no mundo. O impossível lugar no mundo - um tema
de Antonioni, por definição.
A
AVENTURA (1960)

A vida
dissoluta dos ricaços é mostrada neste passeio
a uma ilha vulcânica. Um misterioso acontecimento perturba
o ambiente: Anna (Lea Massari) desaparece na ilha e ninguém
consegue encontrá-la. O que poderia ser apenas um thriller,
transforma-se, sob o toque de Antonioni, em campo de batalha
existencial, no qual os personagens se confrontam com suas
ambigüidades, sua fragilidade, seu egoísmo, a
relação sempre insuficiente em relação
ao outro.
A
NOITE (1961)

Marcello
Mastroianni e Jeanne Moreau formam esse belo par, porém
já bastante entediados pelo simples motivo de estarem
juntos. No início da história, eles visitam
um amigo, que está à morte em um hospital. Confrontam-se
com o inevitável, com o término de toda experiência
humana, mas nem por isso deixarão de entediar-se com
tudo e, em particular, um com o outro. São bonitos,
não têm grandes problemas de sobrevivência
e, no entanto, não encontram sentido no mundo.
O
ECLIPSE (1962)

Monica
Vitti vem de um relacionamento complicado e tenta um novo
affair com um jovem corretor de bolsa de valores, vivido por
Alain Delon. Mas o caso não progride. Há uma
cena antológica quando se faz um minuto de silêncio
na bolsa de Milão em honra de um corretor que morreu,
e, logo a seguir, a balbúrdia do pregão se impõe.
O final é um dos mais belos - e melancólicos
- da história do cinema. Não há saída
para o casal, nem para nada. E a própria natureza parece
morrer quando o eclipse solar vai provocando o escurecimento
da cidade.
O
DESERTO VERMELHO (1964)

Um dos
grandes trabalhos de Monica Vitti, atriz com quem Antonioni
foi casado. Ela faz a dona de casa angustiada, que não
sabe direito de onde lhe vem tanto mal-estar diante do mundo.
A trilha sonora inusual, a fotografia em cores de Carlo Di
Palma, valem ao filme uma ambientação muito
marcante. É mais uma tentativa de retratar a vida alienada
na sociedade contemporânea. Monica não sabe a
razão da sua infelicidade.
BLOW
UP - DEPOIS DAQUELE BEIJO (1966)

David
Hemmings e Vanessa Redgrave estão no elenco deste que
é um dos mais emblemáticos títulos dos
anos 1960. Hemmings faz o fotógrafo de moda que, casualmente,
descobre um crime quando revela uma de suas fotos, feita num
parque público. O filme capta a agitação
da Swinging London, mas é muito mais do que um documentário
de época. Adaptado de Las Babas del Diablo, conto do
argentino Julio Cortázar, procura ser um estudo sobre
aquilo que vemos e deixamos de ver na sociedade contemporânea.
É também uma reflexão sobre o olho moderno
- o da câmera, por excelência. O crime, "oculto",
se desvela apenas para as lentes de Hemmings. O cinema também
teria essa função, de olhar contemporâneo,
testemunha da imagem num mundo que se recusa a ver.
ZABRISKIE
POINT (1969)
|
Zabriskie
Point. Regi: Michelangelo Antonioni, USA, 1970. Manus:
Michelangelo Antonioni, Franco Rossetti, Sam Shepard,
Tonino Guerra og Clare Peploe. Foto: Alfio Contini. Musikk:
Pink Floyd, The Grateful Dead m.fl. Medv: Mark Frechette,
Daria Halprin, Paul Fix, Rod Taylor, Harrison Ford m.fl.
Engelsk tale, norske undertekster. 35mm, farger, 1 t 52
min. |
É
o único filme norte-americano de Antonioni e representa
sua imersão nos valores da contracultura próprios
da época. O filme tem um aproach não-realístico
dessa realidade social e essa opção foi apontada
como motivo para o seu fracasso comercial. Usa na trilha sucessos
dos Rolling Stones e Pink Floyd. O apocalipse nuclear, ainda
um fantasma daquele tempo de guerra fria, aparece no horizonte
deste filme ousado, talvez não tão rigoroso
do ponto de vista formal como os outros, mas ainda assim encantador.
Como tudo o que Antonioni fez, presta-se (também) como
comentário dos anos que correm.
O
PASSAGEIRO - PROFISSÃO: REPÓRTER (1975)

Talvez
o melhor trabalho de Jack Nicholson no cinema seja neste filme
de Antonioni. Inspirado em O Finado Mattia Pascal, de Pirandello,
trata da troca de identidade. Nicholson faz o personagem dado
como morto que assume a identidade de outro. Passa a viver
a vida alheia até descobrir que está metido
numa aventura perigosa e pode terminar mal. Mesmo assim a
leva até as últimas conseqüências.
Um dos trabalhos mais brilhantes de Antonioni no plano formal,
tem um dos finais mais conhecidos entre os cinéfilos
- um longo plano em que a câmera passeia do interior
de um quarto de hotel, sai à pracinha e volta ao aposento,
como se atravessasse as grades da janela.
ALÉM
DAS NUVENS (1995)

Esse filme
de episódios é co-dirigido por Wim Wenders,
pois Antonioni, já doente, não poderia assumi-lo
sozinho. John Malkovich faz o papel de um diretor e funciona
como elo entre as histórias. É, obviamente,
um alter ego de Antonioni. Nesses episódios, prevalece
a atmosfera básica que costumamos encontrar em seus
filmes: a angústia, o sentimento de estranheza do mundo,
a falta de sentido das coisas. As histórias são
tiradas de um livro do próprio Antonioni, Quel Bowling
Sul Tevere: Crônica de um Amor Que jamais Existiu, A
Garota, O Delito, Este Corpo de Lama e Não me Procure.
EROS
(Episódio, O fio perigoso das coisas) (2004)

Último
trabalho de Antonioni, neste filme de episódios partilhado
com Wong Kar Wai e Steven Soderbergh. No de Antonioni, temos
a história de um casal que fica fascinado por uma estranha
mulher. Não sabemos bem como Antonioni o dirigiu, doente
e envelhecido como estava. No entanto, o filme tem pontos
de contato com sua obra, na temática é claro,
mas também no clima levemente perverso que se desencadeia
assim que o homem e a mulher acabam caindo na mesma rede erótica
da estranha.

Galeria
de Imagens Michelangelo Antonioni
Fontes:
Luiz Zanin, O Estado de S.Paulo, Wikipedia, Reuters
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